Pró-Vida e Pró-Escolha

De certeza que já ouviste falar em algum lado de Pró-Vida e Pró-Escolha.

Mas afinal, o que é isso?

 

Pró-Vida

 

     São denominados Pró-Vida os movimentos que se declaram em defesa da dignidade da vida humana. São conhecidos principalmente pela sua oposição à prática do aborto induzido e defendem o direito fundamental à vida, incluindo a vida intra-uterina, como valor universal.

     A principal argumentação que estes movimentos apresentam contra o aborto baseia-se nas descobertas científicas, sobretudo da Embriologia e da Genética, de que a vida humana começa na fecundação, e na filosofia do "respeito à vida inocente".

     Originalmente referia-se principalmente a campanhas de antiaborto, mas agora cobre outros aspectos bioéticos tais como eutanásia, clonagem humana, e pena de morte, entre outros.

     A maioria das acções de movimentos Pró-Vida é pacífica, e abrangem manifestações, campanhas de oração e esclarecimento e todo tipo de auxílio a mães que pensam em abortar. Em casos extremos, no entanto, alguns indivíduos de movimentos auto designados "Pró-Vida" levam a cabo ataques a clínicas onde se pratica aborto, e a profissionais que nelas trabalham.

 

Pró-Escolha


     Por sua vez, são denominados Pró-Escolha os movimentos que se declaram em defesa da dignidade da maternidade da mulher, quer em termos políticos quer éticos.

     O movimento defende os direitos reprodutivos, incluindo o acesso à educação sexual, à interrupção voluntária da gravidez de forma segura e legal, contracepção e tratamentos de fertilidade assim com protecção legal contra o aborto forçado.

     A defesa do acesso à interrupção voluntária da gravidez é vista de formas variadas dentro do movimento, ou seja, existem opiniões diversas por parte daqueles que pertencem a este movimento. Estas vão desde os que consideram ser essencial a mulher ter controlo total sobre o seu corpo (podendo praticar o aborto em qualquer momento da gravidez) até aqueles que defendem a legalização da interrupção voluntária da gravidez apenas em situações de recurso como violação ou quando a mulher não tem condições para criar uma nova criança.

     Esta visão defende que  a mulher terá uma vida melhor quando não é forçada a prosseguir uma maternidade não desejada e que a vida tanto dos filhos como dos pais em geral é mais positiva quando a interrupção voluntária da gravidez não é criminalizada.

     Este movimento existe em Portugal de forma visível depois da revolução de 1974, onde na discussão da nova Constituição do país foi abordada várias vezes a possibilidade de acesso por opção da mulher à interrupção voluntária da gravidez.